Spyro the Dragon
Com a trilogia Spyro recebendo o remake para PS4 eu decidi retornar às origens da série e ver como ela está depois de 20 anos. Spyro era um dos jogos que eu adorava no PS1, mas eu não tinha memórias muito específicas dele e já não me lembrava nem mesmo qual - ou quais - eu jogava na época.
Eu acabei percebendo que não era o primeiro, então jogar agora foi uma experiência totalmente nova! Vejamos o que eu achei!
Spyro the Dragon
Desenvolvedora: Insomniac Games
Lançamento: 1998
Plataforma: PlayStation
Desenvolvedora: Insomniac Games
Lançamento: 1998
Plataforma: PlayStation
Spyro é o mais jovem dragão de um reino mágico habitado por fadas, animais fofinhos e, é claro, os próprios dragões, que dominam todo o reino com paz e prosperidade. Um inimigo conhecido como Gnasty Gnorc causou alguns problemas no passado, mas os dragões deram um jeito nele banindo-o para um local sombrio e inóspito.
Não uma prisão, veja bem, apenas um local distante onde achavam que ele não seria uma ameaça, que nem as hienas do Rei Leão. Então é claro que um dia isso daria muito errado.
Esse dia chega quando um dos dragões decide se gabar na televisão (sim, eles também têm TV, é um reino muito mágico), dizendo o quanto Gnasty é uma criatura simples, que não representa nenhuma ameaça e, além disso tudo, é muito feio.
O que é a gota d'água para Gnasty, que está assistindo ao vivo e então lança um feitiço sobre todos os dragões do reino, transformando-os em estátuas de cristal. O único que escapa é Spyro, pois o feitiço devia ter uma altura mínima que não foi atingida pelo dragãozinho.
Assim, sendo a única esperança para salvar sua espécie, Spyro precisa atravessar o reino, libertar os dragões e confrontar Gnasty Gnorc e seu exército.
...
Bom, depois de libertar alguns dragões Spyro certamente não era mais a única esperança, mas pelo jeito nenhum dos libertos se importa com o futuro do reino, porque eles só falam uma coisa qualquer e somem, que nem o Mestre dos Magos.
Mas bom, não teríamos um jogo se não fosse assim, então isso não vem ao caso!
Como dragão, Spyro tem sua cota de habilidades: podemos cuspir fogo, dar chifradas e planar, pois ele ainda é muito jovem para voar totalmente. Naturalmente, certos inimigos só são vencidos com chifradas enquanto outros precisam de uma queimadura de 3º grau, mas é bem fácil de distinguir, pois eles seguem certos padrões.
Além desses poderes, Spyro também é bem ágil e controlá-lo fica muito divertido, sendo esse um dos principais fatores para o jogo ser tão agradável.
Outro fator é que o level design é excelente. As fases são abertas, com diversas áreas diferentes - algumas escondidas de forma bem esperta - e diversos itens para coletar. Chegar ao 100% vale muito a pena aqui, não só por abrir uma fase extra, mas porque muitos caminhos passam batido na nossa primeira jogada e revisitar os níveis nos faz apreciar ainda mais o layout deles.
Eu diria facilmente que me diverti mais pegando o que ficou para trás do que zerando pela primeira vez, e considero isso uma grande qualidade em um jogo. E, por mais impossível que pareça, descobrir sozinho é de longe a melhor coisa, todos os segredos fazem sentido na lógica do jogo e a sensação de descobri-los é recompensadora.
Sério, senti muito orgulho de mim mesmo ao encontrar as áreas secretas da Haunted Towers e da Tree Tops.
Essa característica também compensa a dificuldade, que é bem baixa. Alguns inimigos nos pegam de surpresa - aqueles feiticeiros que alteram o terreno me sacanearam várias vezes -, mas no geral eles são simples, além de que podemos tomar vários hits e temos muitas vidas. Então passar pelas fases é tranquilo, o desafio maior é encontrar todos os seus segredos.
Os chefões também são fáceis e as lutas não são particularmente interessantes, mas elas acompanham seções de plataforma, então ficam legais. Eu diria que o Metalhead é o único com um confronto que realmente parece um chefão, os outros são quase como inimigos comuns que aguentam mais golpes.
No geral todas as fases são bem rápidas, preservando a variedade e um ritmo divertido. E elas são bem diferentes entre si, ainda que sejam do mesmo mundo, então você nunca se cansa do jogo.
Outra coisa legal é que aproveitaram muito bem a habilidade de planar de Spyro, mas mesmo usando constantemente eles conseguiram evitar o problema de "será que eu consigo chegar naquela plataforma?", pois é bem fácil distinguir as distâncias e as possibilidades.
Outro problemão que o jogo evitou foi com a câmera, que atormentava tantos jogos de plataforma daquela geração. Podemos optar pela câmera ativa, que se adapta aos nossos movimentos, ou passiva, que deixa o controle mais na nossa mão. Eu preferi jogar no modo ativo e posso dizer que a câmera não me atrapalhou em nenhum momento.
Além das fases de plataforma e chefões, existem também fases de voo, onde o jogo deixa pra lá a ideia de que Spyro só consegue planar e o coloca para voar pelo cenário e destruir coisas.
Essas fases não são tão boas quanto as comuns, mas não deixam de ser divertidas (exceto pela Wild Flight, aquela fase não é nada divertida). E são quase como bônus, você só vai precisar se preocupar com elas quando estiver buscando os 100%.
Algo que faz falta no jogo é um elenco mais carismático de personagens. Spyro é um herói bem legal, mas fora ele nenhum personagem se destaca, os outros dragões são bem genéricos, as fadas mais ainda e os chefões não têm uma personalidade definida.
Pelo menos o vilão principal deveria ser memorável, mas Gnasty não é nem um pouco.
Os gráficos do jogo são coloridos e bonitos. Olhando hoje os inimigos são bem simples, mas os cenários continuam belos, o que é muito importante para estabelecer o reino mágico onde o jogo se passa.
Os cenários mais fantasiosos e surreais, como o mundo dos Dream Weavers e dos Magic Crafters, se destacam, mas no geral todos os mundos são bonitos. O único ambiente que eu não gosto é o pântano do Beast Makers / Terrace Village, mas mesmo as outras fases desse mundo já têm um visual mais atrativo.
A trilha sonora é muito boa, misturando um pouco de rock com a atmosfera de fantasia/aventura. São músicas leves, marcantes e que complementam muito bem o clima mágico do jogo.
VEREDITO
PONTOS POSITIVOS
• Spyro é muito divertido de controlar
• Ótimo level design
• Um mundo fantasioso e cativante
• Trilha sonora memorável
• Voltar aos níveis para pegar o que falta é uma tarefa recompensadora
PONTO NEGATIVO
• Spyro é o único personagem carismático
Spyro acerta em muitas coisas que outros jogos da época não conseguiram e, assim, se tornou um dos clássicos do PlayStation 1. O gameplay é divertido, o herói tem habilidades únicas e as fases têm um ritmo rápido com um level design excepcional.
É um jogo inocente, divertido e encantador, do tipo que é raro atualmente e que mostraríamos aos nossos filhos, sobrinhos ou qualquer outra criança como um jogo que realmente vale a pena guardar nas memórias de infância.
PONTOS POSITIVOS
• Spyro é muito divertido de controlar
• Ótimo level design
• Um mundo fantasioso e cativante
• Trilha sonora memorável
• Voltar aos níveis para pegar o que falta é uma tarefa recompensadora
PONTO NEGATIVO
• Spyro é o único personagem carismático
Spyro acerta em muitas coisas que outros jogos da época não conseguiram e, assim, se tornou um dos clássicos do PlayStation 1. O gameplay é divertido, o herói tem habilidades únicas e as fases têm um ritmo rápido com um level design excepcional.
É um jogo inocente, divertido e encantador, do tipo que é raro atualmente e que mostraríamos aos nossos filhos, sobrinhos ou qualquer outra criança como um jogo que realmente vale a pena guardar nas memórias de infância.
Chegou a jogar o Spyro no PS3, Kiq?
ResponderExcluirNão, nem mesmo os do PS2 eu cheguei a jogar, fiquei só na trilogia do PS1. Eles são legais?
ExcluirEu também não joguei os do PS2.O meu primeiro jogo de PS3 foi Spyro: Dawn of the Dragon, jogo muito bom.
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