Resistance: Fall of Man
Alienígenas nunca viraram febre dentro dos games, como os zumbis ou mesmo os ninjas, mas sempre estiveram presentes, o que é até melhor. Seja atirando nos Space Invaders, socando aliens em Alien Storm ou fazendo coisas pouco cristãs com garotas alienígenas azuis em Mass Effect, vida extraterrestre sempre esteve nas nossas telas.
Resistance é outra série voltada especificamente para combater os alienígenas que querem dominar o nosso planeta azul. E apesar de parecer uma premissa simples de invasão a princípio, certos aspectos sempre me chamaram atenção na série, então vejamos o que achei do primeiro jogo!
Resistance: Fall of Man
Desenvolvedora: Insomniac Games
Lançamento: 2007
Plataformas: PlayStation 3
Desenvolvedora: Insomniac Games
Lançamento: 2007
Plataformas: PlayStation 3
O jogo se passa no começo dos anos 50, mas a invasão alienígena começou décadas antes dos eventos que vemos. Os quimerianos primeiramente chegaram em vilarejos remotos da Sibéria - ninguém contou pra eles que o local certo de aterrissar era nos Estados Unidos - e, depois de anos aumentando suas forças, partiram para um ataque maior. Nessa altura a Rússia não conseguiu contê-los, logo o país todo sucumbiu e o mesmo aconteceu com toda a Ásia e Europa.
A Inglaterra, que é onde o jogo se passa, conseguiu aguentar um pouco mais graças ao mar que a separa do continente, mas eventualmente os quimerianos conseguiram atravessar e começaram o ataque na ilha. Nesse momento a América decide ajudar seus amigos britânicos e manda um pelotão, pois aparentemente eles se importam um pouco mais com a Inglaterra do que com o resto da Europa e Ásia.
Na verdade eles também estavam em busca de uma suposta arma secreta que os ingleses haviam construído, então eles provavelmente não se importam com ninguém mesmo.
Esse pelotão se dá muito mal na missão e todos são atacados pelos parasitas quimerianos, inclusive nosso protagonista Nathan Hale, com a única diferença de que ele misteriosamente sobrevive ao ataque ao invés de ir para o beleléu com seus compatriotas.
Com essa segunda chance na vida, Hale continua a missão que lhe deram de encontrar a tal arma secreta, atravessando várias cidades e, naturalmente, metendo bala em muitos alienígenas feiosos.
Hale não é um personagem carismático. Ele não tem personalidade, não tem motivação pessoal e tem pouquíssimos diálogos, então é difícil se importar com ele. O jogo também não conta com muitos personagens secundários e os que temos são tão sem graça quanto Hale.
Mas por outro lado a invasão quimeriana é uma boa história e o jogo consegue cativar através dela, deixando o jogador curioso sobre o que está acontecendo. A invasão não é contada com todos os detalhes, mas descobrimos certas coisas conforme exploramos e é muito interessante ver o que está acontecendo.
E a Insomniac fugiu de certos clichés ao fazer a história, só de se passar na Inglaterra dos anos 50 já dá um tom totalmente diferente ao jogo. Isso é muito bom!
Um dos grandes destaques do gameplay de Resistance são as armas. Existem as armas comuns que você esperaria encontrar num shooter, como um fuzil ou uma shotgun, e algumas armas mais insanas, usadas pelos quimerianos ou desenvolvidas por agências secretas do governo. Temos, por exemplo, uma arma que atira através de paredes, outra que pode ricochetear no ambiente e outra que atira bolhas tóxicas.
Essa criatividade toda até é de se esperar do estúdio que nos deu Ratchet and Clank, mas ainda assim é raro ver armas tão interessantes num jogo que segue um tom mais sério.
As armas também têm um tiro secundário, que podem deixar as coisas ainda mais legais: uma das armas, por exemplo, marca um alvo e direciona todos os tiros seguintes para ele. Essa munição especial naturalmente é mais rara, mas é extremamente útil e deixa o gameplay ainda mais único.
Outra coisa legal é que a arma que atravessa paredes é usada constantemente pelos quimerianos, então mesmo fora da linha de tiro o jogador pode estar em perigo. Existem sinais de que os tiros estão chegando, afinal o jogador precisa de um tempo para desviar, mas ainda assim isso muda muito as coisas.
Essa criatividade toda até é de se esperar do estúdio que nos deu Ratchet and Clank, mas ainda assim é raro ver armas tão interessantes num jogo que segue um tom mais sério.
As armas também têm um tiro secundário, que podem deixar as coisas ainda mais legais: uma das armas, por exemplo, marca um alvo e direciona todos os tiros seguintes para ele. Essa munição especial naturalmente é mais rara, mas é extremamente útil e deixa o gameplay ainda mais único.
Outra coisa legal é que a arma que atravessa paredes é usada constantemente pelos quimerianos, então mesmo fora da linha de tiro o jogador pode estar em perigo. Existem sinais de que os tiros estão chegando, afinal o jogador precisa de um tempo para desviar, mas ainda assim isso muda muito as coisas.
Resistance é de 2007, mas parece um FPS mais antigo em alguns pontos. Se isso é bom ou ruim depende muito do seu gosto, é claro.
O jogo não é cheio de eventos scriptados grandiosos, por exemplo, você simplesmente anda pelo cenário e mata aliens. Mas os mapas são amplos e os inimigos são numerosos, então existe um dinamismo nas batalhas e a possibilidade de usar várias estratégias diferentes.
Esse dinamismo se perde ao morrer várias vezes num mesmo local, pois aí percebemos que os inimigos seguem scripts bem específicos, mas no geral a experiência é boa.
Outro ponto old school que fica cada vez mais raro é a vida que não se regenera por completo. A saúde do jogador é dividida em quatro partes e cada uma delas pode se regenerar, mas se você perder uma por completo vai precisar procurar um item pelo cenário. Particularmente gosto muito desse sistema, te dá uma esperança mas não te deixa tão à vontade para brincar com a morte.
E essa regeneração até é explicada dentro do jogo, pois veio da mutação quimeriana que atingiu Hale, então fica ainda mais legal!
O jogo não é cheio de eventos scriptados grandiosos, por exemplo, você simplesmente anda pelo cenário e mata aliens. Mas os mapas são amplos e os inimigos são numerosos, então existe um dinamismo nas batalhas e a possibilidade de usar várias estratégias diferentes.
Esse dinamismo se perde ao morrer várias vezes num mesmo local, pois aí percebemos que os inimigos seguem scripts bem específicos, mas no geral a experiência é boa.
Outro ponto old school que fica cada vez mais raro é a vida que não se regenera por completo. A saúde do jogador é dividida em quatro partes e cada uma delas pode se regenerar, mas se você perder uma por completo vai precisar procurar um item pelo cenário. Particularmente gosto muito desse sistema, te dá uma esperança mas não te deixa tão à vontade para brincar com a morte.
E essa regeneração até é explicada dentro do jogo, pois veio da mutação quimeriana que atingiu Hale, então fica ainda mais legal!
Eu também gosto bastante dos inimigos. O visual criado para os quimerianos e seus veículos é legal e eles conseguem uma boa variedade dentro da espécie, desde os híbridos, que são mais humanóides, até criaturas pequenas que vêm aos montes e aracnídeos gigantes que soltam bolhas tóxicas contra o jogador. Enquanto os humanos não têm tanto carisma pelo menos os inimigos são bem legais.
Em certas partes da história o jogo também nos coloca para pilotar veículos, variando entre jipes, tanques de guerra e até mesmo um veículo quimeriano. O controle desses veículos é estranho, embora seja aceitável para um jogo que não tem esse foco, mas no geral diria que essas partes são desnecessárias, pois são bem fáceis e quebram o ritmo do gameplay.
Talvez seja chatice da minha parte, mas a última seção com veículos vem bem perto do final do jogo, quando o gameplay está bem empolgante, e ao mudar para um veículo percebi que a minha empolgação diminuiu bastante.
A parte visual é razoável para um jogo de lançamento. Os humanos têm modelos um tanto esquisitos e são meio robóticos nas animações, mas os quimerianos e os vários efeitos presentes durante as missões ficaram bons.
A maior reclamação vai para a parte artística, que segue a moda da época de tirar a cor de tudo e exagerar no cinza e no marrom. Nesse caso é até estranho que esse seja o mesmo estúdio de Ratchet and Clank, que é tão vibrante, mas acredito que eles forçaram demais o visual sério e acabaram chegando nesse resultado.
Perto do final do jogo as coisas melhoram, pois o cenário passa a ter neve e instalações quimerianas e acaba ficando mais azulado, mas a maior parte do jogo sofre desse problema e é bem sem graça.
A maior reclamação vai para a parte artística, que segue a moda da época de tirar a cor de tudo e exagerar no cinza e no marrom. Nesse caso é até estranho que esse seja o mesmo estúdio de Ratchet and Clank, que é tão vibrante, mas acredito que eles forçaram demais o visual sério e acabaram chegando nesse resultado.
Perto do final do jogo as coisas melhoram, pois o cenário passa a ter neve e instalações quimerianas e acaba ficando mais azulado, mas a maior parte do jogo sofre desse problema e é bem sem graça.
Além do modo história, que demora cerca de 11 horas, naturalmente temos alguns modos multiplayer. O modo online naturalmente está desativado, mas o jogo também oferece multiplayer local para até quatro jogadores e até um coop por toda a campanha, o que é ótimo!
Muitos estúdios deixaram o multiplayer local de lado na 7ª geração, então é bom ver jogos que ainda valorizavam esse aspecto. Poder compartilhar o jogo inteiro com alguém é sempre um ponto positivo!
Resistance: Fall of Man é um começo bacana que traz muito potencial. A invasão quimeriana tem aspectos familiares, que já vimos em outras histórias de invasão alienígena, mas também tem características bem interessantes que dão um toque diferente no jogo, chegando num equilíbrio muito legal de se acompanhar.
Os quimerianos são inimigos bem legais, a variedade de armas é um dos pontos mais divertidos do jogo e eu sinceramente gostei bastante dos conceitos mais "retro" do design, como a vida que não se regenera. Não é um jogo impressionante e não deve ser uma das suas primeiras opções de tiro no PS3, mas é uma experiência sólida e que me agradou!
VEREDITO
PONTOS POSITIVOS
• História interessante
• Armas muito criativas
• Mapas amplos e batalhas grandes
• Vida que não se regenera
• Multiplayer local e coop
PONTOS NEGATIVOS
• Falta de carisma nos personagens
• Veículos quebram o ritmo do gameplay
• Visuais sem cor
PONTOS POSITIVOS
• História interessante
• Armas muito criativas
• Mapas amplos e batalhas grandes
• Vida que não se regenera
• Multiplayer local e coop
PONTOS NEGATIVOS
• Falta de carisma nos personagens
• Veículos quebram o ritmo do gameplay
• Visuais sem cor
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